Feito todo aquele discurso do post anterior, vale contar o que aconteceu depois. Exatamente depois eu fui me deitar. E depois eu fui assistir TV. E, depois, fui me deitar de novo. Não parece muito esforço para quem estava querendo mudar o mundo. Em minha defesa, de fato, na semana em que postei o meu manifesto, fui em algumas instituições buscar informações sobre trabalho voluntário.
Descobri que não basta chegar lá com meu lindo sorriso e boa vontade. Primeiro, porque meu sorriso não é lindo. E segundo, porque eles procuram no máximo possível organizar o trabalho. Você precisa se encaixar dentro das necessidades da instituição e ter um projeto -- uma oficina de arte? uma monitoria? contação de história? educação física?
Porém, mais do que tudo, é necessário se comprometer. Chegar numa hora certa, no dia certo, sem falta. Principalmente na instituição em que eu fui, que cuidava de crianças. Como ela procura complementar o período escolar com uma série de atividades, não pode ficar com um vácuo na programação. Sem falar que criança se apega fácil, sente falta, estranha; elas precisam de uma rotina, da segurança de que as pessoas a sua volta não vão desaparecer.
Eu não tinha um programa, embora tenha pensado em fazer uma espécie de oficina de conto. E não tenho certeza de que posso me comprometer, não no momento. Por isso deixei apenas a promessa de voltar outro dia com algo planejado. Fiquei meio triste de ter que adiar isso e, confesso, me senti um pouco hipócrita; sempre preocupado demais com minha vidinha, sem tomar qualquer ação. Mas, se for para me voluntariar a algo, quero fazer direito e espero conseguir me organizar para realmente voltar no futuro com algum projeto.
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