terça-feira, 11 de março de 2014

Avulsos II

Já parou para pensar que quando você vê uma flor e diz, "Olha como é bonita! Que cores!",  ou quando se aproxima e cheira seu perfume suspirando em prazer, "Aaaaah! Que doce!", você na verdade está observando como o pênis/vagina da planta é bonito, colorido e cheiroso. Pense nisso, tarado e tarada.
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Ei, faz tempo que eu não escrevia nisso aqui. Meio como entrar em uma casa velha que ficou muito tempo fechada. É familiar, e ao mesmo tempo desconfortável, porque cheira a mofo e a poeira pega em você se tocar em qualquer coisa. Aliás essas palavras eu tracei com o dedo na tela empoeirada do computador. Dirtytouchscreen, baby.
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Ela tentou avisar: Meu coração é cheio de pontas afiadas, melhor não tocar. Eu não ouvi. Cometi a estupidez de quem se vê no controle de tudo, a estupidez do primeiro homem ao acender a fogueira e se queimar enquanto se vangloriava do feito. Eu não ouvi. Toquei o coração dela. Pensei que saberia onde pôr a mão, desviar dos ferimentos. Funcionou no primeiro momento. Mas só para os cortes irem mais fundos; o meu braço ficar mais preso. Perdi o braço. Ela: Eu te avisei.
Não tente controlar um coração, no fundo todo coração é selvagem.