terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quando criança, criei um amigo imaginário
que a puberdade levou e deu lugar a namorada imaginária
o tempo passou
veio o emprego imaginário, a casa imaginária, o casamento imaginário
até que na cadeira perto da janela do quarto, com os olhos entre rugas,
contemplo tudo o que sobrou: uma vida imaginária.

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